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Nossa história

MARP

O Movimento de Ação Rural do Bairro do Pantaleão - MARP, foi fundado em 15 de julho de 1969, por iniciativa dos produtores rurais e comunidade local, no Bairro do Pantaleão e Amparo.
Após uma pesquisa que identificou as principais demandas da população moradora, nasceu o MARP com o objetivo de realizar atividades que envolvam a família como centro irradiador, com a visão da criação de vínculos familiares, desenvolvimento harmônico e integral do indivíduo, contribuindo para sua inclusão social, levando o homem ao exercício da cidadania.
Ao longo dos seus mais de 50 anos o MARP procura antecipar-se nas adequações necessárias ao desenvolvimento da assistência social e vem trabalhando na busca da autonomia e do protagonismo da população atendida.
Hoje são mais de 300 famílias atendidas dos bairros de Alferes Rodrigues, Brumado, Santa Cruz da Boa Vista e Pantaleão. 
Durante quase 50 anos esteve à frente do MARP uma de suas fundadoras, Fernanda Margarida Galvão Cintra, que com muita dedicação e força fez com que este centro comunitário fosse referência para centenas de pessoas que participaram e participam desta comunidade.

Fernanda tinha um sonho que se tornou realidade. A sua grande obra concreta, na
criação de oportunidades para trabalhadores da zona rural do Pantaleão.

Amparo conheceu sua liderança e força para mobilização, centenas de amparenses
compartilharam de sua dedicação, entusiasmo e energia em projetos para
desenvolvimento do ser humano, acreditando em suas potencialidades e capacidade de crescer e se desenvolver.
Ao completar 50 anos o MARP precisava de uma nova identidade visual e assim foi
desenhada a nova logomarca, conheça um pouco do porquê desta margarida

MARP
MARP

O MARP E A MARGARIDA

Logomarca, comunicação institucional, identidade visual. Poucas coisas passavam mais longe da cabeça de Fernanda Cintra quando em 1969 ela lançava, ao lado da Igreja do Pantaleão, as primeiras sementes do MARP. Pensava era em juntar gente, reunir fazendeiros e empregados, arrumar tijolo e madeira, arame e fita-crepe, bolo e cafezinho. O visual a Dona Fernanda mesmo fazia, ou então pedia pra fazer. 


Uma parte eram os cartazes e faixas, pintados pela comunidade ou encomendados de algum conhecido na cidade. A outra eram os cartõezinhos da Dona Fernanda. Instruções, recomendações e pedidos aos trabalhadores, visitantes e participantes das atividades do MARP, escritos em canetinha colorida sobre pequenos pedaços de cartolina. Vinham com frases curtas e diretas, com as palavras importantes grifadas. Eram pontilhados de gentileza – ‘Atenção!’, ‘Por favor!’, ‘Obrigada!’.

Mas os cartões não eram só texto. Nos espaços brancos, nas margens ou no fim da mensagem, traziam o desenho de uma margarida. O ornamento nos lembrava com delicadeza que aquele não era o comando de uma autoridade, era um pedido gentil da organizadora.
Nos eventos, os cartõezinhos se multiplicavam pelo MARP. Das salas de aula aos banheiros, nas reuniões pequenas e nas grandes festas, a presença deles indicava: Dona Fernanda pensou em tudo.
Nas décadas seguintes, o MARP cresceu. Regado a doações modestas e cultivado com trabalho voluntário, o pequeno centro comunitário foi se tornando uma instituição firme, com prédio, sala de dentista, reunião de diretoria e quadra de esportes. Para continuar a crescer, o MARP se adaptava. Foi registrado no papel, ganhou o nome imponente de Organização da Sociedade Civil de Interesse Público, criou laços com a Prefeitura e o Estado, firmou parcerias com empresas e escolas.
Cinquenta anos depois, o MARP precisava entrar de vez no mundo eletrônico. Pra esse novo mundo, que não tem tijolo, fita-crepe nem cafézinho mas é feito de letras e figuras brilhando nas nossas telinhas e telonas, o MARP precisava de uma identidade visual, algo marcante que as pessoas pudessem reconhecer e identificar.
O que é que ia ser nosso símbolo? Havia pouco tempo que Dona Fernanda tinha nos deixado. Como decidir sem ela? Criamos projetos, encomendamos ideias, pensamos em alternativas. Nada parecia que seria a mesma coisa do que se ela tivesse podido ajudar. Será que ela, que sempre pensava em tudo, não tinha tido tempo de pensar nisso?
Foi aí que a única neta, revirando a memória, lembrou dos cartõezinhos. Achou um e viu ali o único símbolo possível: as margaridas de Dona Fernanda. E percebeu também aquilo que Fernanda tinha escondido, durante anos, bem na frente do nosso nariz. Como numa história de mistério, as margaridas só pareciam um ornamento. Na verdade, eram uma mensagem secreta. Fernanda, sabiam os mais próximos, era Fernanda Margarida Galvão Cintra. Em cada cartãozinho que passava noites desenhando enquanto via sua novela, Fernanda Margarida colocava, disfarçada, uma assinatura.
Nosso trabalho, online e offline, é para que o MARP continue a existir muito depois de Dona Fernanda, mas sempre guiado pelas ideias e objetivos que ela desenhou lá em 1969. Ao fazer do nosso símbolo a Margarida, lembramos a todos – e até a nós mesmos – que tudo o que fazemos continua levando a assinatura dela.

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